quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Financiamento Imobiliário Pós-Crise

A Concessão de crédito imobiliário foi altamente influenciada pelas Crises que afetaram o Sistema Econômico Mundialmente. Foram marcados recordes consecutivos na concessão de financiamentos imobiliários pelas instituições privadas. Em 2008, o volume em operações de crédito imobiliário, contratadas pelo SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), ultrapassou dez vezes o volume verificado em 2002, retratando um crescimento significativo.

Embora o mercado imobiliário americano tenha sido o estopim da crise econômica mundial, os financiamentos imobiliários no Brasil apresentam características distintas das praticadas nos Estados Unidos, mas isso não afastou o Brasil de ser atingido pelos reflexos da Crise Mundial.

A demanda por imóveis diminui o seu crescimento no país, o aumento da taxa de juros , a elevação do nível de incerteza e as expectativas de recrudescimento da taxa de desemprego foram suas causas principais.

Mas agora, as taxas de juros voltaram a se encaixar dentro das perspectivas para o mercado imobiliário, principalmente por que o efeito dos juros é “ exponencialmente”ampliado em função dos prazos de financiamento. Dessa forma, uma taxa de juros elevada não permite que o aumento do prazo dos financiamentos tenha efeito relevante na redução do valor das prestações. E, sem essa possibilidade, o mercado imobiliário encontra dificuldades em ampliar seu mercado potencial.

Atualmente, depois de toda essa explosão dada pela crise econômica mundial, as expectativas de crescimento são positivas, mas para assegurar o crescimento sustentável do crédito imobiliário, é necessária a criação de mecanismos e estruturas diferenciados, ou seja, a aptidão do sistema financeiro depende de estímulos governamentais e de cenários macroeconômicos favoráveis que induzirão a um mercado desregulamentado.

Um bom exemplo de incentivo é o Programa criado pelo governo para impulsionar o mercado imobiliário, o recém-lançado programa Minha Casa, Minha Vida. O Programa Minha Casa, Minha Vida, tem como objetivo principal facilitar o acesso ao financiamento imobiliário e compatibilizar as prestações com os salários das famílias com renda até dez salários mínimos. As famílias com até três salários mínimos terão subsídio integral, enquanto as famílias com renda de até seis salários mínimos terão subsídio parcial. No caso das famílias com entre seis e dez salários mínimos, o incentivo virá pela redução do custo dos seguros e do acesso ao Fundo Garantidor.

O programa Minha Casa, Minha Vida também criou mecanismos pelos quais os Estados e municípios, por meio de adesão, poderão realizar aportes financeiros, doar terrenos, custear a infra estrutura de empreendimentos, praticar a desoneração fiscal (ICMS, ITCD, ITBI e ISS) e agilizar as aprovações de projetos, alvarás, autorizações e licenças.

Por fim, novas fontes de recursos deverão ser atingidas, na medida em que os recursos da poupança e do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) tendem a se esgotar frente ao potencial de crescimento desse mercado.
Fonte: Informe HSBC

www.marcomuratori.com.br

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